A necessidade de desenvolver uma força de trabalho preparada para a inteligência artificial (IA) está criando um novo desafio para líderes do ensino médio e superior: como capacitar os estudantes com habilidades essenciais em IA, garantindo, ao mesmo tempo, um aprendizado justo e autêntico.
Encontrar o equilíbrio certo entre letramento em IA e integridade acadêmica exige uma mudança de políticas reativas para estratégias proativas baseadas em evidências.
Para ajudar instituições nesse processo de transição, nos baseamos em dados reveladores extraídos de:
Neste artigo, você encontrará evidências e passos práticos para reformular políticas institucionais, apoiar a aprendizagem e acelerar o progresso rumo a uma força de trabalho pronta para a IA.
A força de trabalho preparada para a IA é uma necessidade aqui e agora. O letramento em IA aparece na lista das habilidades mais procuradas do LinkedIn neste ano, com base na análise de milhares de vagas anunciadas na plataforma.
A responsabilidade de construir essa força de trabalho recai sobre a educação e a indústria: uma desenvolvendo a proficiência em IA nos futuros profissionais, e a outra em seus colaboradores atuais.
No entanto, o ritmo acelerado da inovação em IA fez com que muitas instituições educacionais lutassem para adaptar sua pedagogia, currículo e ferramentas na mesma velocidade.
Isso, somado a uma abordagem reativa e muitas vezes punitiva quanto ao uso de IA pelos estudantes, coloca em risco o letramento em IA dos graduandos, seus resultados acadêmicos e sua empregabilidade.
Neste artigo, defendemos estratégias institucionais mais proativas e favoráveis à IA, de modo que as universidades cumpram sua missão — tanto com os estudantes quanto com a economia — de formar uma força de trabalho pronta para os desafios da IA. E mostramos como fazer isso.
Estudantes
Educadores
Instituições
As políticas institucionais sobre IA surgiram, em grande parte, como resposta à ameaça percebida à integridade acadêmica. O acesso rápido e disseminado às ferramentas de IA generativa e o aumento nos casos de má conduta levaram muitas instituições a adotar uma abordagem reativa — frequentemente punitiva — em relação ao uso da IA pelos estudantes.
Contudo, especialistas agora recomendam uma correção de curso, pois essa abordagem atual não capacita os alunos a usarem a IA com confiança e responsabilidade.
O número de estudantes que usam IA generativa para redigir trabalhos subiu de 53% no ano passado para 88% em 2025, gerando receios de uma “terra sem lei” repleta de plágios. Embora haja um aumento nas investigações sobre uso indevido, o cenário é mais complexo.
A pesquisa de 2025 revelou um uso mais maduro e criterioso da IA entre estudantes universitários:
A pesquisa da HEPI reforça essas conclusões:
Segundo os estudantes, os principais usos da IA são:
Quanto ao que consideram uso aceitável da IA:
Esses dados mostram uma preferência pelo uso ético e complementar da IA fora da sala de aula — o que desmonta o argumento de que o simples acesso à tecnologia leva automaticamente à má conduta.
Ainda assim, 76% dos estudantes acreditam que suas instituições conseguem detectar o uso de IA, e 53% evitam a IA por medo de serem acusados de trapaça — mesmo sem intenção de fraudar.
Se não atualizarem suas estratégias de IA, as instituições correm o risco de:
A HEPI observa que as instituições ainda priorizam o risco de trapaça em detrimento do apoio ao desenvolvimento de habilidades em IA.
“As instituições consideram mais urgente combater a trapaça do que apoiar os estudantes no desenvolvimento de competências em IA.” (HEPI Policy Note 61, fevereiro de 2025)
A recomendação da HEPI é clara: restrições reativas são ineficazes e prejudicam os objetivos maiores de formar uma força de trabalho preparada para a IA. Em vez disso:
“As políticas de IA devem reconhecer que o uso por parte dos alunos é inevitável e, muitas vezes, benéfico. As instituições devem compartilhar boas práticas e colaborar para criar estratégias de ensino eficazes.” (HEPI Policy Note 61, fevereiro de 2025)
Oportunidades para os líderes educacionais:
Mas essa transformação exige que as instituições formem também seus docentes, que estão igualmente inseguros sobre como utilizar a IA:
Mesmo com a percepção dos alunos sobre a competência dos professores em IA tendo subido de 18% (2024) para 42% (2025), mais da metade ainda se sente pouco apoiada.
A HEPI sugere enfrentar três desafios principais:
O recado é claro: o futuro do trabalho exige fluência em IA, e o ensino superior deve liderar essa preparação.
Isso significa:
A meta não é eliminar o risco, mas gerenciá-lo — apoiando os muitos estudantes que usam a IA com responsabilidade e desencorajando o uso indevido por meio de políticas transparentes.
Antes de dominar a IA, os estudantes precisam de habilidades duradouras:
Assim, uma força de trabalho preparada para a IA não é apenas sobre tecnologia, mas sobre fortalecer essas competências. A IA, então, se torna uma ferramenta que potencializa, e não substitui, essas habilidades.
O ato de escrever é central nesse processo: melhora a compreensão, reforça a argumentação e desenvolve o pensamento crítico — habilidades essenciais tanto para o uso ético da IA quanto para o aprendizado profundo.
Para estudantes
Para educadores
A transparência é essencial para o sucesso do uso de IA na educação — e é o princípio por trás do Turnitin Clarity.
O Turnitin Feedback Studio agora conta com o complemento Clarity, oferecendo uma plataforma integrada para avaliar trabalhos e nutrir habilidades com mais eficiência.
Os estudantes têm acesso a um espaço seguro de redação com ferramentas de IA opcionais que oferecem suporte instantâneo e personalizado.
Os educadores ganham visibilidade sobre o processo de escrita e o uso da IA, podendo intervir de forma mais eficaz e personalizada.
Ao mesmo tempo, as instituições atendem às exigências regulatórias e de acreditação, mantendo padrões de qualidade e integridade acadêmica conforme a IA se torna parte do cotidiano educacional.
Saiba mais em: https://www.turnitin.com/blog/strategies-for-building-an-ai-ready-workforce-in-higher-education