Relatório mostra que 2 em cada 5 estudantes brasileiros do 6º ao 9º ano enfrentam distorção idade-série, com maior incidência entre meninos, negros e moradores do Norte e Nordeste.
📉 A gravidade da distorção idade-série Segundo novo relatório do Unicef, mais de 5 milhões de crianças e adolescentes no Brasil estão em situação de distorção idade-série — ou seja, estão atrasados ao menos dois anos em relação à etapa escolar ideal para sua idade. Isso representa cerca de 20% de todos os estudantes do país e mais de 40% entre os matriculados do 6º ao 9º ano do ensino fundamental. O estudo alerta que esse fenômeno compromete a permanência escolar e está diretamente relacionado a altos índices de evasão.
🔍 Desigualdades que marcam o atraso A distorção é significativamente maior entre meninos (23%) do que entre meninas (17%). Quando se observa a cor/raça, 24% dos estudantes pretos estão em atraso, contra 16% dos brancos. A desigualdade regional também é evidente: no Norte, 34% dos alunos estão com defasagem, enquanto no Sul a taxa é de 13%. Os dados indicam que a distorção idade-série é reflexo de múltiplas vulnerabilidades — como pobreza, racismo estrutural e fragilidade das redes de proteção social e escolar.
📚 Causas e consequências O relatório aponta que faltas frequentes, reprovações e interrupções escolares estão entre os principais motivos para o atraso. A pandemia agravou o problema: estudantes em situação de vulnerabilidade social foram os mais afetados pela suspensão das aulas presenciais, pelo acesso precário à internet e pela dificuldade de manter a rotina de estudos. A defasagem escolar aumenta o risco de abandono, desengajamento e, em casos extremos, exposição a contextos de violência ou trabalho precoce.
🚀 O que acompanhar Será fundamental observar se as redes de ensino irão incorporar ações específicas de recomposição de aprendizagem e apoio psicossocial para estudantes com atraso escolar. Também é necessário monitorar como o novo Pacto Nacional pela Educação Básica e o próximo PNE (Plano Nacional de Educação) tratarão a distorção idade-série como prioridade.
🔍 Conclusão O avanço da distorção idade-série revela que milhões de estudantes seguem à margem de uma trajetória escolar plena. Enfrentar esse problema exige políticas públicas articuladas, com foco na permanência, aprendizagem e redução das desigualdades históricas que afetam os mais vulneráveis.
Leia a notícia original na íntegra em: https://g1.globo.com/educacao/noticia/2025/09/25/unicef-atraso-escolar-distorcao-idade-serie.ghtml
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