Modelo de jornada estendida avança em todo o país, com crescimento expressivo em redes públicas estaduais e foco na equidade educacional, mas ainda enfrenta desafios de infraestrutura e permanência estudantil.
⏱️ Expansão da jornada integral no ensino médio De acordo com estudo da Fundação Lemann e do Itaú Educação e Trabalho, o número de matrículas no ensino médio em tempo integral triplicou entre 2014 e 2023, saltando de 370 mil para mais de 1 milhão de estudantes. A modalidade representa atualmente 22% das matrículas no país, com destaque para estados como Pernambuco, Ceará e São Paulo. O avanço se deve à combinação de políticas públicas, incentivos federais (como o Novo Ensino Médio) e investimento direto dos estados.
⚖️ Modelo contribui para equidade, mas não elimina barreiras A jornada ampliada, com carga horária mínima de sete horas diárias, mostra impacto positivo na aprendizagem, redução da evasão e ampliação de oportunidades, sobretudo para alunos de baixa renda. No entanto, o crescimento do modelo ainda enfrenta desigualdades regionais e logísticas. Muitos estudantes abandonam o integral por necessidade de trabalhar, especialmente em contextos periféricos. Além disso, a infraestrutura escolar nem sempre acompanha a demanda — faltam refeitórios, quadras e laboratórios.
🏫 Desenho curricular e envolvimento docente como pilares do sucesso Especialistas apontam que a qualidade do ensino integral depende não apenas da carga horária, mas da intencionalidade pedagógica. Projetos de vida, eletivas, trilhas formativas e acompanhamento socioemocional são componentes essenciais para tornar o modelo significativo. A formação e valorização dos professores também são determinantes, já que o envolvimento da equipe docente influencia diretamente na permanência e no engajamento dos estudantes.
🚀 O que acompanhar É importante observar como os estados adaptarão o modelo com o fim do incentivo do Programa de Fomento ao Ensino Médio Integral (PEEMI), se haverá readequações orçamentárias para garantir infraestrutura e se o modelo será expandido para escolas de menor porte em áreas rurais ou periféricas. Também vale acompanhar como o Novo Ensino Médio e a reforma curricular dialogam com o ensino em tempo integral.
🔍 Conclusão O crescimento do ensino médio integral revela um esforço consistente de redes públicas por maior equidade e qualidade educacional. Para consolidar esse avanço, será preciso enfrentar desigualdades estruturais, garantir apoio às famílias e redesenhar políticas que assegurem permanência, engajamento e sentido formativo à jornada estendida.
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