O texto mostra um MEC que tenta usar a educação integral como eixo articulador de várias agendas ao mesmo tempo: tempo ampliado na escola, alfabetização na idade certa, conectividade e permanência no ensino médio, com o Pé-de-Meia e a matemática como pontos de atenção.
🎯 Meta de 100% de escolas integrais até 2026
Hoje, as matrículas em tempo integral já alcançam cerca de 90% dos territórios; a meta é chegar a 100% em 2026. A estratégia, que o MEC quer definir ainda em dezembro, coloca a educação integral como política nacional de base, e não apenas como projeto pontual de alguns estados ou municípios.
📶 Internet, alfabetização e Pé-de-Meia no mesmo tabuleiro
A expansão da escola integral vem acompanhada de outras metas estruturantes: atingir 64% das crianças alfabetizadas na idade correta e levar conexão com uso pedagógico a 80% das escolas (atualmente são 64%). Ao mesmo tempo, o MEC quer consolidar o Pé-de-Meia como política educacional de permanência e aprendizagem, indo além da lógica de “bolsa” isolada para estudantes do ensino médio.
🏫 Educação integral: mais do que tempo estendido
Pelo padrão do Inep, tempo integral é ter pelo menos sete horas diárias, cinco dias por semana. A secretária destaca que isso é só o primeiro passo. Educação integral, de fato, supõe professores qualificados e em formação contínua, infraestrutura adequada e espaços para teatro, música, esporte e lazer – ou seja, tempo a mais preenchido com experiências mais variadas de aprendizagem.
🤝 Intersetorialidade e território como sala de aula ampliada
A fala de Katia Schweickardt desloca a escola do isolamento: se, na pandemia, a escola virou porta de entrada para saúde, acolhimento e informação, agora outras pastas (saúde, cultura, esporte) também precisam assumir corresponsabilidade no cotidiano da educação integral. O território passa a ser entendido como espaço educativo, em que políticas públicas se articulam em torno da escola, e não apenas ao lado dela.
🗺️ Currículo que conversa com as particularidades locais
Pensar educação integral, segundo a secretária, significa olhar para currículo, metodologias, uso de espaços e materiais de acordo com as necessidades e riquezas de cada região. Isso implica reconhecer que não há um “modelo único” de escola em tempo integral: a mesma política nacional precisa se traduzir em práticas diferentes na Amazônia, no semiárido, nas periferias urbanas ou em pequenas cidades do interior.
✅ Conclusão
A meta de chegar a 100% dos territórios com matrículas em tempo integral até 2026 só fará sentido se vier acompanhada de qualidade pedagógica, conectividade e políticas de permanência articuladas, como o Pé-de-Meia e o Compromisso Nacional Toda Matemática. A entrevista indica um MEC que enxerga educação integral como projeto de país – mas que ainda precisa transformar metas numéricas em mudanças concretas de currículo, formação docente, infraestrutura e trabalho intersetorial nos territórios onde a escola, diariamente, acontece.
Leia a notícia original na íntegra em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2025-12/mec-pretende-chegar-100-do-pais-com-escolas-integrais-em-2026?utm_source=the_news&utm_medium=newsletter&utm_campaign=night-103&_bhlid=47bb3e5777aeb680c34d6aad5d9fc2a67d1d2445
Copyright © Direitos Reservados por Learnbase Gestão e Consultoria Educacional S.A.
Contato
contato@learnbasek12.com.br