Brasil registra alta no número de jovens em situação de trabalho infantil, sobretudo entre adolescentes em idade de conclusão do ensino médio — ampliando riscos de evasão escolar e precarização do futuro profissional.
📈 Aumento preocupante na fase final da educação básica Em 2024, o Brasil contabilizou 1,65 milhão de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil — um aumento de 2,1% em relação ao ano anterior. A alta se concentrou entre adolescentes de 16 e 17 anos, justamente no período em que muitos deveriam estar finalizando o ensino médio e se preparando para o ingresso no ensino superior ou no mercado de trabalho formal. O dado acende um alerta para as políticas de permanência escolar e para a necessidade de integração entre educação e qualificação profissional.
🛑 Trabalho precoce e seus efeitos silenciosos Embora o número de jovens nas piores formas de trabalho (atividades perigosas ou insalubres) tenha caído para 560 mil — o menor nível desde 2016 —, cresceu a quantidade de adolescentes ocupados em funções informais que, embora pareçam inofensivas, competem com o tempo de estudo e comprometem o rendimento escolar. O impacto é direto: quem trabalha cedo tende a abandonar a escola, reproduzindo ciclos de pobreza e desigualdade. A informalidade também dificulta a fiscalização e a proteção dos direitos trabalhistas desses jovens.
🎯 Falta de políticas públicas coordenadas Especialistas alertam que a ausência de ações articuladas entre assistência social, educação e empregabilidade agrava o problema. Sem alternativas seguras de aprendizagem profissional ou programas de transferência de renda eficazes, muitos adolescentes recorrem ao trabalho para complementar a renda familiar. O desafio é criar políticas integradas que garantam estudo, proteção e oportunidades reais de qualificação, rompendo o ciclo de exclusão.
🚀 O que acompanhar Será importante observar se haverá reforço no financiamento de programas como o Jovem Aprendiz, ações do Ministério do Trabalho para ampliar a fiscalização em áreas urbanas e rurais, e estratégias do MEC para integrar formação técnica e ensino médio em tempo integral, oferecendo caminhos reais de futuro a esses jovens.
🔍 Conclusão O avanço do trabalho infantil entre adolescentes evidencia o fracasso de políticas públicas em proteger os jovens na transição entre escola e mercado. Sem garantia de permanência escolar e inclusão produtiva digna, o país compromete não só o presente, mas o futuro de uma geração.
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