Uso de redes sociais afeta leitura e memória, diz estudo


Pesquisadores analisaram dados de mais de 10 mil alunos do ensino fundamental ao médio e identificaram que adolescentes com maior tempo diário em redes sociais apresentaram notas mais baixas em leitura e memória. A análise considerou aspectos como distração contínua, fragmentação da atenção e interrupção de ciclos de leitura longa, elementos que afetam diretamente o desempenho escolar, especialmente em provas de interpretação de texto e retenção de conteúdo.

 Maior risco entre usuários excessivos de redes sociais


Alunos classificados como “usuários intensivos” – aqueles que acessam redes sociais por mais de 6 horas diárias – tiveram desempenho 15% inferior em leitura e 10% menor em testes de memória em comparação com os “usuários moderados”. O efeito foi mais acentuado entre estudantes que relataram multitarefas constantes (como estudar enquanto assistem a vídeos curtos ou respondem mensagens). Especialistas alertam que o excesso de estímulos digitais compromete o desenvolvimento de habilidades cognitivas essenciais.


O estudo reforça a importância de políticas escolares que incentivem práticas de leitura profunda, criação de ambientes livres de distrações e educação midiática crítica. Também sugere que famílias e educadores podem atuar conjuntamente para limitar o tempo de tela, especialmente no período noturno, protegendo o sono e a consolidação da memória.


O uso excessivo de redes sociais por adolescentes está ligado a déficits reais em leitura e memória, afetando seu desempenho escolar. O desafio é promover equilíbrio entre conectividade digital e práticas de aprendizagem atenta, sobretudo diante da popularidade crescente de vídeos curtos e conteúdos fragmentados.

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