A quem serve uma educação que não considera o digital?

Entenda como a Lei 15.110/2025, que restringe celulares nas escolas, reacende o debate sobre currículo de tecnologia, letramento digital e desigualdades de acesso no Brasil.

📜 Contexto da nova lei Sancionada em janeiro, a Lei 15.110/2025 limita o uso de dispositivos portáteis na educação básica durante aulas, recreios e intervalos. Embora preveja exceções para atividades pedagógicas supervisionadas, na prática muitas redes interpretaram o texto como proibição total, desmontando equipes de tecnologia educacional e suspendendo projetos digitais.

💡 Por que a discussão é urgente

  • BNCC de Computação já em vigor: o documento exige que todos os alunos desenvolvam pensamento computacional, cultura digital e competências de IA — algo inviável sem acesso a dispositivos.
  • Mercado de trabalho conectado: pesquisas mostram que recém-formados enfrentam dificuldades com comandos básicos de informática, indicando lacuna formativa.
  • Desigualdade crescente: escolas urbanas de maior porte têm quase o dobro de dispositivos por aluno em comparação a instituições rurais pequenas, reforçando o abismo socioeconômico.

🔍 Principais pontos do artigo O texto critica a “demonização” do celular, argumenta que o problema não é o aparelho, mas a ausência de um currículo robusto de tecnologia educacional, e aponta que projetos maker, programação e IA generativa podem tornar o aprendizado mais significativo quando mediados por professores capacitados.

🚀 Oportunidades para escolas e redes

  • Revisar políticas internas para diferenciar uso recreativo de uso pedagógico dos dispositivos.
  • Formar docentes em cultura digital, adotando guias do MEC e materiais de organizações como SaferNet.
  • Criar parcerias com fundações e edtechs para equipar laboratórios e garantir conectividade estável.
  • Integrar projetos interdisciplinares que utilizem design thinking, podcasts e prototipagem maker para desenvolver competências digitais e acadêmicas simultaneamente.

⚠️ Desafios à implementação Falta de infraestrutura, disputas curriculares que privilegiam disciplinas tradicionais, interpretações restritivas da lei e carência de professores especializados continuam a dificultar a inclusão plena da tecnologia no cotidiano escolar.

🚀 O que acompanhar Nos próximos meses vale observar como secretarias estaduais irão regulamentar o uso pedagógico do celular, se novas diretrizes federais para o letramento digital avançarão, como as escolas privadas adaptarão suas ofertas de tecnologia educacional e de que modo indicadores de conectividade (TIC Educação) evoluirão após a entrada em vigor da lei.

🔍 Conclusão Ignorar o digital na escola significa perpetuar desigualdades e preparar mal os estudantes para a vida e o trabalho no século 21. A Lei 15.110/2025 pode ser oportunidade de ordenar o uso de dispositivos, mas só produzirá impacto positivo se vier acompanhada de currículo específico, formação docente e investimentos em infraestrutura que assegurem a todos uma educação verdadeiramente conectada.

Leia a notícia original na íntegra em: https://porvir.org/educacao-leva-em-consideracao-digital/

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