Diploma superior ainda vale a pena? OCDE revela vantagens e desigualdades do ensino superior

Relatório global mostra que o diploma universitário segue oferecendo benefícios econômicos e sociais, mas também aprofunda desigualdades estruturais nos países-membros, incluindo o Brasil.

📊 O que diz o relatório da OCDE Segundo a edição 2025 do relatório Education at a Glance, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), adultos com diploma de ensino superior ganham, em média, 41% mais do que aqueles com apenas o ensino médio nos países analisados. O diploma também está associado a menor risco de desemprego, maior expectativa de vida e maior engajamento cívico.

⚖️ Mas quem acessa esse diploma? Apesar dos benefícios, o relatório mostra que o acesso ao ensino superior ainda é profundamente desigual. Apenas 20% dos jovens de origem mais pobre conseguem ingressar em uma universidade, em contraste com 63% dos jovens de famílias mais ricas. Isso significa que o ensino superior está longe de ser um fator universal de mobilidade social — pelo contrário, tende a reproduzir privilégios.

🎓 O cenário brasileiro No Brasil, o relatório destaca um crescimento da taxa de escolarização no ensino superior, mas com concentração no setor privado e na modalidade a distância. Embora o número de matriculados tenha crescido, persistem disparidades regionais, raciais e econômicas, e há dúvidas sobre a qualidade de muitos cursos oferecidos. A expansão do EaD, por exemplo, levanta debates sobre a efetiva empregabilidade dos graduados.

📉 Custo elevado x retorno desigual O documento também revela que, em muitos países, o custo de frequentar o ensino superior é elevado — o que, somado ao endividamento estudantil, tem levado jovens a questionar se o diploma “ainda vale a pena”. Em contextos de informalidade ou de economias fragilizadas, como o Brasil, os retornos da graduação são mais incertos, especialmente entre estudantes de cursos de baixa qualidade ou sem articulação com o mercado.

🚀 O que acompanhar Será importante observar como países como o Brasil adaptarão suas políticas de acesso e permanência para reduzir desigualdades, garantir qualidade e ampliar o valor real do diploma universitário. Isso inclui ações de financiamento estudantil, avaliação de cursos, regulação do EaD e fortalecimento de universidades públicas.

🔍 Conclusão O diploma de ensino superior continua sendo uma vantagem — mas não para todos. Para que ele represente mobilidade e não privilégio, é preciso repensar modelos de acesso, permanência e qualidade. Caso contrário, continuará sendo um instrumento que separa, e não que aproxima, oportunidades.

Leia a notícia original na íntegra em: https://revistaeducacao.com.br/2025/09/09/ocde-diploma-superior/

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