Pertencimento é chave para garantir aprendizagem, afirma Cida Bento

Entenda por que políticas de inclusão racial e construção de pertencimento nas escolas são fatores estruturais para o sucesso escolar de crianças negras e indígenas, segundo Cida Bento.

🧠 Aprender exige sentir-se parte Em entrevista ao Porvir, a psicóloga Cida Bento reforça que a aprendizagem está diretamente ligada à sensação de pertencimento dos alunos — especialmente os mais vulnerabilizados. Para ela, crianças negras e indígenas precisam se reconhecer no espaço escolar para se desenvolver plenamente. Isso vai além de infraestrutura: envolve representação no currículo, valorização de identidades e combate ao racismo institucional.

🏫 Escolas e universidades precisam rever práticas e culturas Cida defende que as escolas ainda reproduzem práticas que excluem subjetivamente muitos alunos. Ela cita exemplos como a ausência de referências negras nos conteúdos, a baixa expectativa em relação ao desempenho de certos grupos e o silenciamento diante de discriminações cotidianas. A mudança, segundo ela, começa com o reconhecimento do problema e passa por uma revisão das políticas escolares.

👩🏽‍🏫 Formação docente é pilar da transformação A entrevista destaca que a formação de professores precisa incluir debates raciais de forma contínua, não apenas pontual. Professores devem ser preparados para lidar com a diversidade de forma respeitosa e propositiva. Cida argumenta que a escola deve ser um espaço de libertação, não de conformação a padrões excludentes.

🌱 Mudança estrutural começa pelo cuidado O sentimento de pertencimento não se constrói apenas com discursos, mas com práticas pedagógicas afetivas e coerentes. A escuta ativa, o incentivo à expressão identitária e a reconstrução de vínculos entre alunos e professores são centrais para que todos se sintam reconhecidos e seguros para aprender.

🚀 O que acompanhar Vale acompanhar como as políticas públicas e formações de educadores têm incorporado (ou não) a perspectiva antirracista no cotidiano escolar. Também é importante observar se os currículos estão avançando para incluir representações plurais da sociedade brasileira, e como escolas têm medido o impacto da inclusão no desempenho e na permanência dos alunos.

🔍 Conclusão A fala de Cida Bento reforça que não há educação de qualidade sem justiça racial. Promover pertencimento nas escolas não é ação pontual, mas compromisso contínuo com equidade, respeito e transformação das estruturas que historicamente marginalizam grupos inteiros de estudantes.

Leia a notícia original na íntegra em: https://porvir.org/aprendizagem-pertencimento-cida-bento/

Copyright © Direitos Reservados por Learnbase Gestão e Consultoria Educacional S.A.