Pesquisa traz diagnóstico de sustentabilidade das IES

Entenda como o levantamento inédito mapeia práticas ESG nas instituições de ensino superior brasileiras, revela gargalos estratégicos e aponta caminhos para integrar sustentabilidade à gestão acadêmica.

🌱 O que diz o diagnóstico O estudo, realizado por uma rede de consultorias e associações do setor, ouviu 142 instituições públicas e privadas de todas as regiões do país. Apenas 28 % possuem política formal de sustentabilidade; 17 % medem a pegada de carbono; 12 % publicam relatórios de sustentabilidade anuais. Programas de eficiência energética e resíduos são os mais frequentes, enquanto ações de inclusão social e governança ética aparecem dispersas.

💡 Principais achados e lacunas

  • Governança dispersa: 61 % das IES não possuem comitê permanente para ESG, o que dificulta a execução e o monitoramento de metas.
  • Dados fragmentados: falta de indicadores padronizados impede comparação e transparência entre instituições.
  • Baixa integração curricular: somente 24 % informam ter disciplinas obrigatórias sobre sustentabilidade em todos os cursos.
  • Financiamento restrito: 39 % citam escassez de recursos como principal barreira para investir em certificações verdes, energia solar ou gestão de água.

📈 O que funciona bem

  • Projetos de extensão ligados a reciclagem e agricultura urbana, que conectam campus e comunidade.
  • Parcerias com utilities para instalação de usinas fotovoltaicas via modelo PPA, reduzindo conta de energia em até 30 %.
  • Iniciativas de mobilidade elétrica com bicicletas e ônibus internos movidos a baterias, gerando visibilidade institucional.

⚠️ Desafios imediatos A ausência de exigência regulatória clara impede que sustentabilidade avance de forma sistêmica; conselhos universitários ainda priorizam curto prazo financeiro; e há carência de profissionais capacitados para estruturar relatórios alinhados a padrões internacionais, como GRI ou SASB.

🚀 O que acompanhar Nos próximos meses, acompanhe a tramitação de projetos que podem tornar obrigatória a divulgação de indicadores ESG para IES com financiamento público; observe se grandes grupos educacionais adotarão metas líquidas de carbono até 2030; e monitore a adesão crescente a selos verdes em novos campi, o que pode criar efeito dominó de boas práticas em todo o sistema.

🔍 Conclusão O diagnóstico mostra que sustentabilidade ainda é agenda emergente na maioria das universidades brasileiras, mas identifica boas experiências que podem escalar rapidamente se houver governança dedicada, métricas comuns e incentivos de mercado ou regulação. Integrar ESG à gestão acadêmica é caminho indispensável para reputação, captação de recursos e formação de cidadãos alinhados aos desafios do século 21.

Leia a notícia original na íntegra em: https://revistaensinosuperior.com.br/2025/07/31/pesquisa-traz-diagnostico-de-sustentabilidade-das-ies/

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