Entenda como a pesquisa de Patrícia Honorato utiliza inteligência artificial para prever o prognóstico do câncer de mama e o que esse reconhecimento internacional sinaliza sobre a nova geração de pesquisadores brasileiros.
🏆 O prêmio e a conferência O trabalho da goiana Patrícia Honorato, aluna de Engenharia de Computação, conquistou o Best Poster Award na PASC Conference 2025, em Lugano, na Suíça. O evento é voltado a computação de alto desempenho e ciências aplicadas; o júri destacou a relevância clínica do estudo e a robustez da metodologia estatística empregada.
👩🔬 Quem é Patrícia Honorato Aos 22 anos, Patrícia começou a investigar câncer de mama no primeiro ano da graduação, após sua mãe enfrentar a doença. Ela integra o Laboratório de IA Biomédica da UFG, é bolsista CNPq e já publicou artigos em periódicos de bioinformática. Em 2024, foi medalhista de prata na Olimpíada Brasileira de Computação e atua como mentora de meninas em STEM.
🧠 Detalhes do modelo preditivo O projeto combina redes neurais e aprendizado de máquina tradicional para analisar prontuários, imagens de mamografia e marcadores genômicos. O modelo alcançou 89 % de acurácia na previsão de sobrevida em cinco anos, superando protocolos convencionais em 12 pontos percentuais. A ferramenta gera um score de risco e indica terapias-alvo potenciais, auxiliando oncologistas na decisão de tratamento.
💡 Impacto potencial
🚀 Oportunidades para o ecossistema brasileiro A premiação coloca a pesquisa nacional de IA clínica no radar de investidores e laboratórios internacionais, abre caminho para cooperação entre universidades e hospitais suíços e brasileiros e reforça programas de incentivo a jovens cientistas, como o Ciência na Escola e o Meninas Digitais.
⚠️ Desafios pela frente A validação multicêntrica do modelo exigirá bases de dados mais diversas; questões de privacidade e interoperabilidade ainda precisam ser solucionadas; e, sem financiamento constante, a escalabilidade pode ficar restrita a poucos parceiros hospitalares.
📌 O que acompanhar Nos próximos 12 meses será crucial observar a rodada de testes clínicos que Patrícia pretende iniciar em hospitais universitários de São Paulo e Goiânia; o avanço nas negociações com uma farmacêutica suíça interessada em licenciar a tecnologia; possíveis editais da Finep voltados a IA em saúde que podem financiar a etapa de comercialização; e o impacto do case no debate sobre inclusão de algoritmos preditivos no SUS.
🔍 Conclusão O prêmio recebido por Patrícia Honorato demonstra que a união entre motivação pessoal e pesquisa de ponta pode gerar soluções com alto potencial de transformar o cuidado oncológico. O reconhecimento internacional reforça a mensagem de que, com investimento contínuo e ambientes de inovação, a ciência brasileira tem espaço — e voz — no cenário global.
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